Transubstanciação de um errante por Circe, a feiticeira.
de Thiago Berzoini
E então, Circe, naquela ocasião me transformou em um monstro, um animal quadrúpede, que se banhava na lama; não tenho em mente se era um porco, ou asno, embora ás vezes, quando durmo e sonho, e vou novamente para aquele lugar detestável, me sinta parecido com um misto dos dois animais, acrescidos de algum molusco. Digo molusco pois são detestáveis, repulsivos e creio eu, ela tinha asco dessa figura que vivia naquele estábulo de palha e sapê.
Mas o tempo passou, e tornei-me novamente um bípede, venerável em certos momentos e desprezível em tantos outros. Agora humano, meus olhos observam sua sombra em tantas fases da história.
E então, Circe, naquela ocasião me transformou em um monstro, um animal quadrúpede, que se banhava na lama; não tenho em mente se era um porco, ou asno, embora ás vezes, quando durmo e sonho, e vou novamente para aquele lugar detestável, me sinta parecido com um misto dos dois animais, acrescidos de algum molusco. Digo molusco pois são detestáveis, repulsivos e creio eu, ela tinha asco dessa figura que vivia naquele estábulo de palha e sapê.
Mas o tempo passou, e tornei-me novamente um bípede, venerável em certos momentos e desprezível em tantos outros. Agora humano, meus olhos observam sua sombra em tantas fases da história.
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