terça-feira, dezembro 05, 2006

Visita ao escritor do 205, na Rua da Cerejeira.

Thiago Berzoini
Ouvia os ponteiros do relógio, com seu barulho costumeiro - um tique-taque até comum, pela madrugada afora. Madrugada mais silenciosa, e mais ansiosa do que de costume.
Madrugada que não foi nada produtitiva, sabia o que escrever mas não escrevia. Apenas esperava, e esperar é verbo tortuoso. Ainda mais com o calor, dentro do quarto, enquanto ele acertava as folhas em sua máquina de escrever e com o indicador ajeitava os óculos na face. Isso lhe ioncomodava mais ainda, estava quente, insuportavelmente quente, e ele gostava do frio. Era mais aconchegante, em casa, no frio. tomar chá e escrever.
No calor, tomava água, colocava a caneca na mesa de madeira vistosa, e começava a redigir enquanto suas mãos, suavam, e sentia-se incomodado quando so dedos batiam velozmente nas teclas. No frio, as mãos se esquentavam com o movimento, redigindo incessantemente, quando lhe havia a certeza das palavras na mente, e só, então lhe bastava deixar os dedos correrem livres pelo teclado. Tal qual hoje, porém, o calor lhe deixa mais indeciso quanto às palavras, lhe deixa lento e sonolento.
Uma vez arrumada a folha na máquina, sentou-se e bebeu um pouco de sua água. Na mesa, livros, caneta tinteiro, e seu gato, que charmoso, passeava por entre os seus pertences.
Olhou para a janela, o luar deixava a luz adentrar no recinto, enquanto as velas no candelabro cuidavam de provir a iluminação necessária para escrever. Era um clima propício, ele gostava do cenário. Seu gato, de súbito pula para a beirada da janela, onde ficou a miar.
Ele em sua cadeira, bebia sua água, e se preparava, perdido em pensamentos para mais uma madrugada de trabalho, solitário, como sempre.
Bateram à porta. E pelo horário isso não deveria acontecer, pois mesmo que fosse ainda mais cedo, ele não esperava visitas, jamais ninguém lhe visitava. Sabia que ali, ao baterem em sua porta, havia algo fora do plumo.
Ali começariam seus problemas. mas ele só soube disso, alguns minutos após atender a porta. Por hora, ele se atentava em dirigir-se até a sala, calmamente, quase que sorrateiro.

4 Experimentaram o Café:

Blogger Rosa experimentou...

No frio, as mãos se esquentavam com o movimento, redigindo incessaentemente, quando lhe havia a certeza das palavras na mente, e só então lhe bastava deixar os dedos correrem livres pelo teclado.

acho que essa é a melhor sensação que o frio proporciona.
Você não mencionou, mas certamente não deve gostar quando o suor faz suas costas colarem na cadeira, tirando todo o tesão da escrita.

Muito bom. Se não fosse uns detalhes, diria até que era autobiográfico.

=*

10:53 AM  
Anonymous Anônimo experimentou...

Oi! Muito bom o texto! Também tenho blog, mas é um estilo bem diferente do seu. É da categoria típico blog de menina xP

bjss

3:43 PM  
Anonymous Anônimo experimentou...

iiiiiiiiiiiiiih, tô de cara! tá celada a amizade bloguística... Escrevi algo parecido sem querer... Mágica hein? A última vez que isso aconteceu ganhei um amigo virtual.

9:58 PM  
Blogger damourax experimentou...

Ah

quero saber quais são esses problemas!!!
Fiquei ansioso! Quero mais :P


Pra variar, sempre por aqui ^^

9:45 PM  

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