sexta-feira, março 30, 2007

Príncipe Jacó destila sua ira

por Thiago Berzoini

Uma amargura débil se abateu sobre mim. Não veio com o canto dos pássaros, sequer com o ronco sonoro dos carros. Uma doce palavra, entalada no talo do pescoço, tornou-se amargura e destilou-se até o estado mais puro que poderia atingir. Fel é que me escorre pelo canto da boca sedenta por tuas partes mais doces.
Mata-me a sede falar baixinho teu nome, "vagabunda" reitero por fim e completa-me a alma.
Sou um monstro ensimesmado bailando em meio à cidade que cresce, cresce e não preenche esse estado da alma, vazio como sua dúvida e como minha incerteza.
O melhor é que nem dor produz estas finas agulhas enfiadas em meu corpo, pronto para receber o golpe final.

Pequeno trecho de um longo texto que está sendo gestado.