In Technicolor
Por Thiago Berzoini
E que nenhum destino possível parece agora em technicolor com som estéreo; não há na grande sala escura um espectador aflito ansiando uma canção orquestral majestosa. Todos possíveis destinos parecem, agora, fantasmais. Pois nenhuma linha demonstra-se passível de desvio. Força vã: o fio do destino se mostra irretocável, irrevogável, inquestionável. Num dia de céu cinza e dublado, os olhos ainda meio grudados, o despertador com seu toque irritante. Corpo impulsionado a sair do conforto, cessar o barulho intermitente. É hora, então, de levantar. E no meio da tarde, já serás um eu de lembrança sofrida, doído - alma aos músculos -, palavras acústicas abafadas, um leve sabor de coentro. Dessa forma, alguns menos, outros mais, passam seus dias entre terras e um cais, num vaguear insosso, num alagar de olhos. O pior lugar é o não-aqui; de estar lá, só, em pensar: Não existir.
E que nenhum destino possível parece agora em technicolor com som estéreo; não há na grande sala escura um espectador aflito ansiando uma canção orquestral majestosa. Todos possíveis destinos parecem, agora, fantasmais. Pois nenhuma linha demonstra-se passível de desvio. Força vã: o fio do destino se mostra irretocável, irrevogável, inquestionável. Num dia de céu cinza e dublado, os olhos ainda meio grudados, o despertador com seu toque irritante. Corpo impulsionado a sair do conforto, cessar o barulho intermitente. É hora, então, de levantar. E no meio da tarde, já serás um eu de lembrança sofrida, doído - alma aos músculos -, palavras acústicas abafadas, um leve sabor de coentro. Dessa forma, alguns menos, outros mais, passam seus dias entre terras e um cais, num vaguear insosso, num alagar de olhos. O pior lugar é o não-aqui; de estar lá, só, em pensar: Não existir.